Nem a chuva foi capaz de impedir o público do Afropunk Bahia de curtir a grade de atrações do primeiro dia de evento, realizado neste sábado (26) no Parque de Exposições de Salvador. Com dois palcos, “Agô” e “Gira”, o festival contou com apresentações de Margareth Menezes, Liniker, Masego, Yan Cloud, Emicida, Paulilo, Psirico e muito mais.

Com a mistura de ritmos e artistas, o festival de música preta ressaltou ancestralidade negra, luta antirracista e combate ao capacitismo, LGBTfóbia, sexismo, gordofóbia e ódio. O evento promoveu diversas ativações com marcas para que o público pudesse melhor aproveitar o espaço do Afropunk Bahia, além de oferecer inclusão e acessibilidade com rampas, espaço para pessoas com cadeiras de rodas no lounge, cardápio em braile e outro serviços disponíveis com a produção do evento para que todos pudessem curtir a noite de muita música.

O evento foi transmitido pela TV Globo e teve a presença de diversos artistas e criadores de conteúdo entre o público, como Urias, Pedro Ottoni, MC Tha, Spartakus e Melly.

O show de Margareth Menezes contou com a participação da Banda Didá, que juntas levaram ao palco do Afropunk um pouco do Carnaval soteropolitano, com grandes sucessos da cantora. Além de canções que marcaram época, como “Faraó”, Margareth apresentou a música “Terra Afefé”, composição dela e de Carlinhos Brown, lançada neste ano, que será o single da cantora na folia de 2023. 

Em seguida, no palco Gira, a apresentação ficou por conta de Liniker, ganhadora do Grammy Latino 2022 pelo álbum “Indigo Borboleta Anil”. A cantora chegou a se emocionar ao falar sobre a importância histórica para o Brasil por ser a primeira artista transgênero a ganhar um Grammy. Entre as músicas do seu mais recente trabalho, Liniker cantou “Psiu” e destacou a simbologia de cantá-la no evento. “É um orgulho cantar essa aqui porque essa música foi escrita aqui em Salvador em 2019”, declarou.

O cantor jamaicano-americano Masego levou o R&B e Soul para o Afropunk Bahia. Jogando flores para o público, o artista arriscou falar algumas frases em português e afirmou admirar artistas brasileiros, como Gal Costa e Gilberto Gil.

Foi cantando a música “É Tudo Pra Ontem” que Emicida deu início ao seu show no festival, momento em que também fez homenagem a Gal Costa e Erasmo Carlos. Durante sua apresentação, o rapper cantou músicas do seu álbum “Amarelo”, além de alguns outros sucessos da carreira. Levando surpresas ao Afropunk, Emicida desceu do palco para cantar pertinho do público, autografou o livro infantil “Amoras”, de sua autoria, para uma fã mirim e chamou Márcio Victor, da banda Psirico, para cantar a música “Firme e Forte”, um dos hinos do Carnaval de Salvador. 

Após sua participação no show de Emicida, foi a vez de Márcio Victor e Psirico arrastarem o público com muito swing e músicas de sucesso, além de levar ao palco religiosidade negra, com referências ao candomblé. 

A noite do festival ainda contou com shows de DJ Tamy, Performance Radiante e Nic Dias. O segundo dia do Afropunk Bahia acontece neste domingo (27), e entre as atrações da grande, o evento conta com Mart’nália, Baco Exu do Blues, Ludmilla, Àttooxxá e Karol Conká, entre outros. 

Fonte Bahia Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *