Pedra preciosa ganhou nome em homenagem a Carmen Miranda. Proprietário avalia se vai vender por valor mais baixo que lance inicial, realizar novo leilão ou manter rocha para vender em outro momento.

 

Esmeralda seria leiloada com lance inicial de R$ 100 milhões — Foto: Bid Leilão

 

esmeralda de 92,5 kg encontrada na Serra da Carnaíba, entre as cidades de Pindobaçu e Campo Formoso, no norte da Bahia, que seria leiloada na sexta-feira (8), não recebeu lances.

Segundo a empresa Bid Leilão, responsável pela venda, o proprietário recebeu propostas fora do certame por valores abaixo dos R$ 100 milhões do lance inicial e avalia se:

  • vai vender por um valor mais baixo que o lance inicial;
  • realizar um novo leilão;
  • manter a rocha para vender em outro momento.

A pedra preciosa se trata de uma canga de esmeralda, com abundância de cristais hexagonais do tipo esmeralda, em grande parte bem preservados. Ela mede 68 cm x 43 cm x 40 cm e foi encontrada na região da Serra da Carnaíba, mas não teve a cidade de origem especificada.

Chamada de “Pequena Notável”, a pedra preciosa ganhou esse nome em homenagem a Carmen Miranda, que tinha este apelido devido a sua baixa estatura. Assim como a artista, a pedra é pequena, mas tem abundância de cristais do tipo esmeralda.

De acordo com a empresa, a pedra preciosa foi adquirida pela firma de um empresário carioca do setor de metalurgia, colecionador e investidor de ativos minerais, em agosto de 2024. Quase um ano após a compra, ele decidiu leiloar a esmeralda.

A pedra não está lapidada, ou seja, está em seu estado natural, como foi achada na mina. O procedimento de lapidação é feito para transformar a pedra preciosa em uma joias, como colares e anéis.

 

Pedra contrabandeada para os Estados Unidos

 

Imagem de outubro de 2001 mostra a ‘Esmeralda Bahia’ — Foto: Andrew Spielberger/AP

 

Uma esmeralda encontrada em Pindobaçu, no interior da Bahia, ganhou repercussão nacional em neste ano. A pedra preciosa foi extraída e comercializada ilegalmente para os Estados Unidos nos anos 2000 e a repatriação foiformalizada em janeiro.

A Esmeralda Bahia, como é chamada, tem quase 380 kg e é avaliada em R$ 2,3 bilhões. Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), a pedra preciosa foi levada para o país americano com o auxílio de documentos falsificados.

Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas, no estado de São Paulo, condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos, em uma ação penal que também declarou que quem estivesse em posse da pedra devolvesse ao Brasil.

Em novembro de 2024, a Justiça americana acatou um pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para que a pedra fosse devolvida ao Brasil, mas a formalização só ocorreu em janeiro deste ano.

A Advocacia-Geral da União afirmou que, após a pedra preciosa chegar ao Brasil, ficará exposta no Museu Nacional do Rio de Janeiro.

 

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